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GT16 – Inteligência Artificial, Ciência de Dados e Ambiente

Resumo: Queremos construir futuros utópicos, não há dúvida, onde as realidades disruptivas do presente tenham encontrado reconciliação e solução. Nesses futuros, as questões ambientais, climáticas entre elas, encontraram caminhos criativos e sustentáveis, garantindo bem-estar, saúde, abundância e esperança para os seres humanos e vida para nossos coabitantes terrestres. Pensamos que as tecnologias, e em especial as Inteligências Artificiais (IAs), podem nos dar esses futuros plenos, ambientalmente sustentáveis e socialmente pacificados. Sabemos também dos problemas, das disrupções que as tecnologias podem causar ao serem introduzidas em nossas atuais sociedades de competição e luta por recursos, lucros e poder. Nosso GT tem a intenção de debater os caminhos que podem nos conduzir das realidades disruptivas atuais em direção aos futuros utópicos desejados, sonhados e planejados. Em especial, queremos focar nas potencialidades das IAs para produzir esses futuros de sustentabilidade ambiental e de igualdade social. Queremos também reconhecer que esses caminhos não são isentos de riscos e que as IAs podem aprofundar as tensões correntes, causando novos danos ambientais, injustiças sociais e muito mais. Portanto, trabalhos debatendo os usos e abusos das IAs em relação às questões ambientais, especialmente aqueles relativos às mudanças climáticas, são o foco de nosso GT. Tanto os potenciais emancipatórios, que reduzem as opressões, quanto os riscos abissais das IAs interessam ao GT.

Coordenadores: Antônio Ribeiro de Almeida Júnior (Escola Superior de Agricultura Luiz de Queiroz – Universidade de São Paulo), Thales Haddad Novaes de Andrade (UFSCAR), Cristian Marcelo Villegas Lobos (ESALQ/USP)

17/09/2025 – Sessão 01

  • Horário: 14:00 – 16:00
  • Local: Mirante do Rio – sala 216 (2o andar)

Princípios para uma IA ética para a Humanidade e o Meio Ambiente: Possibilidades e Limitações – Carolina Alexandre Calixto (UTFPR)

É um fato reconhecido que a Inteligência Artificial (IA), em especial a IA Generativa, se popularizou e está sendo utilizada como uma ferramenta de solução de problemas generalista, afetando a maior parte dos setores da sociedade através de suas características algorítmicas de rápida e autônoma adaptação e aprendizagem. Denominada como uma tecnologia emergente e disruptiva por seus idealizadores, no Vale do Silício, este artigo explora o que realmente poderia ser um convite à disrupção ao refletir criativamente – nos sentidos de criação e imaginação – quais os desafios e potencialidades esta tecnologia traz consigo, em seu uso, implementação, gestão e governança. A proposta a ser desenvolvida é de uma IA ética para a Humanidade e o Meio Ambiente, não se restringindo a apenas documentos oficiais de organizações governamentais e do terceiro setor, mas também dando voz aos movimentos populares e povos originários, trabalhadores da tecnologia, usuários e pessoas afetadas em toda as etapas da cadeia produtiva da IA. O método usado para o presente artigo foi o levantamento de bibliografia pertinente nos campos de ética e IA, IA e sustentabilidade e tecnologia e Direitos Humanos. Os achados demonstram que os princípios éticos para a construção de uma IA explicável, justa e beneficente devem estar integrados com um compromisso social, político e ambiental, atentando-se para os desafios no que concerne às relações geopolíticas de poder, tendo em vista que as infraestruturas de IA e sua governança, assim como sua regulamentação, estão concentradas em países desenvolvidos.


Covid-19 e qualidade de vida: reflexões sobre o impacto da pandemia na saúde ambiental de adultos brasileiros. – Gustavo Nazato Furlan (Escola Superior de Agricultura “Luiz de Queiroz” – Universidade de São Paulo), Antônio Ribeiro de Almeida Júnior (Escola Superior de Agricultura Luiz de Queiroz – Universidade de São Paulo), Cristian Marcelo Villegas Lobos (ESALQ/USP)

Este estudo investiga como as percepções ambientais e a qualidade de vida foram influenciadas pela pandemia de Covid-19, com foco no Domínio Ambiente do instrumento WHOQOL-BREF. Com 289 participantes, a pesquisa transversal quantitativa coletou dados levando em conta o período emergencial da pandemia de Covid-19, entre março de 2020 a maio de 2023, através de questionário online. O questionário foi estruturado contendo variáveis socioeconômicas, pontos sobre a Covid-19 e qualidade de vida. Foram aplicadas técnicas de Ciência de dados, sendo elas: uni e multivariadas, paramétricas, não-paramétricas e machine learning. O estudo identificou que o impacto da pandemia na percepção de qualidade de vida foi significativamente modelado por fatores como gênero e escolaridade. Participantes sem ensino superior, especialmente mulheres, mostraram maior sensibilidade a variáveis como infecção, presença de sequelas, idade e renda. Já entre indivíduos com maior escolaridade, os fatores analisados não demonstraram associação estatisticamente significativa com a qualidade de vida no Domínio Ambiental. Os resultados mostram que os impactos da pandemia foram sentidos de maneira desigual e que políticas públicas (que considerem vulnerabilidades) específicas são, então, de grande importância. Além disso, o estudo destaca a utilidade do WHOQOL-BREF como recurso para compreender aspectos subjetivos do bem-estar, auxiliando estratégias voltadas a grupos mais afetados.


Inteligência Artificial e Povos Indígenas: interseccionalidades e a proteção dos saberes ecológicos tradicionais no Brasil – Sabrina Carvalho Verzola (UNIFAP)

A Inteligência Artificial pode ser um artefato disruptivo e multidisciplinar e resgata o contexto histórico das revoluções tecnológicas suscitado por Rosenberg(1982) pertinente aos fatores exógenos, Tecnologia e Economia, relacionados à Ciência. Contudo, apesar dos desafios ainda enfrentados pela América Latina e a Ciência, Tecnologia e Inovação, o resgate histórico remete ainda à manutenção da natureza exógena da Tecnologia pela Inteligência Artificial aos Povos Indígenas no Brasil. Isso no que se refere vulnerabilidade dos saberes ecológicos relacionados à Inteligência Artificial, desde a concepção e automação para a produção de resultados (ou produtos?) derivados da mineração de dados com base em obras de domínio público e autorais para a distribuição no ciberespaço. Nesse contexto, pretende-se discutir a integração dos Povos Indígenas na tomada de decisão pelo usos dos saberes ecológicos relacionados ao patrimônio cultural nos casos de acesso e armazenamento de dados indígenas pela Inteligência Artificial. Para tanto, o Consentimento Prévio, Livre e Informado é um procedimento constitucional e obrigatório que tem como propósito a tutela do exercício à autodeterminação dos Povos Indígenas, atendendo aos princípios da transparência e equidade com base nas demandas específicas das etnias indígenas. Destaca-se a perspectiva do Campo CTS para a análise da interseccionalidade entre a Inteligência Artificial e os Povos Indígenas, com fundamentos na ética e na responsabilidade contra os vieses de exclusão e de invisibilidade das práticas indígenas baseadas na Etnoconservação.


O Plano Brasileiro de Inteligência Artificial e o ambiente – Antônio Ribeiro de Almeida Júnior (Escola Superior de Agricultura Luiz de Queiroz – Universidade de São Paulo)

Este artigo analisa o Plano Nacional de Inteligência Artificial (PBIA) de um modo geral e coloca ênfase nos aspectos de que se relacionam com as questões ambientais. Será realizada uma análise textual preliminar procurando determinar a importância relativa das questões ambientais dentro do PBIA, utilizando a ferramenta de análise Max QDA Pro. Com as informações dessa análise preliminar, será efetuada uma análise crítica de discurso sobre o PBIA como um todo, enfatizando especialmente a abordagem do Plano em relação às questões ambientais. O PBIA acaba de ser publicado e reivindica a condição de documento estratégico para o desenvolvimento das IAs no Brasil. Ele substitui a Estratégia Brasileira de Inteligência Artificial do governo Bolsonaro que foi publicada em 2021 e que apresentava inúmeras deficiências, como a falta de definição de volume e distribuição de recursos, além da ausência de definição das responsabilidades dos diversos órgãos governamentais. Resultados preliminares: o PBIA prevê R$ 23,03 bilhões em investimentos totais e apenas R$ 1 milhão em projetos de IA para o ambiente. Somente esse dado preliminar mostra que, apesar do discurso socialmente responsável, do pretendido alinhamento com os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) e do suposto benefício para todos, quando olhamos mais de perto a questão ambiental, não há investimentos compatíveis com o discurso. Precisamos, no entanto, investigar em maior detalhe o documento para efetivamente apontar ou não seu compromisso com as questões ambientais.


Engajamento e Racismo Algorítmico nas Redes Sociais – Maria Vitória Menezes Ferreira (UFPA), Leonardo Ribeiro da Cruz (UFPA)

A pesquisa busca compreender como é introjetado no digital micro agressões já evidenciadas no meio social, partindo da estruturação empresarial das elites tecnológicas e a construção de comandos, aprendizagem de máquina. Usuários negros são atravessados pelo sensacionalismo em torno da leitura de seus corpos, nas redes sociais. A partir das buscas de dados, são assimiladas as socialibilidades digitais; interligando a análise de engajamento; tangenciando o racismo algoritmo pelas empresas do Vale do Silício; o conceito de pós racialidade de Sumi Cho; a necropolítica no meio digital evidencia o racismo algoritmo na prerrogativa neoliberal; salientando crenças tecnolibertárias em benefício do recuo racial. A metodologia se deu na análise do texto “Elites tecnológicas, meritocracias e o mitos pós-raciais no Vale do Silício”de (NOBLE e ROBERT, 2020), assim como, o conceito de “Racismo Algoritmo” (SILVA,2022) fazendo um panorama sociotécnico aos dispositivos que consolidam a “algoritmização”. Com enfoque no conceito de neoliberalismo trabalhado por Wendy Brown e Sumi Cho, seus apontamentos correlacionados às desigualdades raciais em plataformas digitais. Observando perspectivas de teóricos negros como, Abdias Nascimento “O genocídio do negro brasileiro: processo de um racismo mascarado”, assim como, Fanon “Pele Negra, Máscaras Brancas”. Com o propósito de fazer observação descritiva mediante a coleta de dados de forma qualitativa, na qual advém do método analítico comparativo seguindo três eixos de pesquisa validade prévia, validade interna e validade externa (OLLAIK, ZILLER).

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